Projeto português premiado pela Fundação Gulbenkian está a estudar novas formas de diagnosticar e tratar a Doença de Alzheimer. Através de experiências com ratos com Alzheimer os pesquisadores detetaram que muito antes dos sintomas característicos da doença aparecerem, já ocorriam determinadas falhas no interior das células cerebrais que prejudicavam o bom funcionamento do cérebro. Eram nada mais nada menos que falhas na produção de energia nos neurónios, mais especificamente numa parte chamada mitocôndria. Esse défice energético faz com que a comunicação entre os neurónios fique afetada. Com o avançar da idade mais e mais células vão sendo atingidas. E ao mesmo tempo as capacidades vão sendo cada vez mais afetadas, levando aos sintomas característicos da doença de Alzheimer.
Tendo em conta esta nova descoberta os investigadores já estão a desenhar novas formas terapêuticas como o recurso aos nano materiais para restaurar a energia das células.
Para além deste achado, os pesquisadores avançam que a Doença de Alzheimer não se manifesta apenas no cérebro mas também por todo o corpo, principalmente na sua musculatura. Desta feita, um exame à massa corporal dos doentes é mais uma via para o diagnóstico das diferentes etapas da doença.
Esta investigação está a ser desenvolvida pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e é mais um importante contributo na compreensão desta doença.