Pesquisadores testam nova técnica de microbolhas com ultrassons em ratos com sintomas idênticos aos da doença de alzheimer como forma de tratamento de doenças do cérebro.
Uma das dificuldades de tratamento das doenças do cérebro é a dificuldade dos medicamentos atravessarem a barreira hemato-encefálica do cérebro.
Estes cientistas desenvolveram uma técnica que permitisse os fármacos furarem essa barreira. Essa técnica envolve a injecção de microbolhas (feitas de gorduras e de gás) na corrente sanguínea e a aplicação de um ultrassom focalizado para essas bolhas se expandirem e contrairem. Este movimento nas bolhas faz com que as células que formam a barreira se separem temporariamente, o que permite que os fármacos cheguem ao cérebro.
Este estudo utilizou esta técnica conjuntamente com ressonâncias magnéticas em ratos e verificou que a barreira do cérebro abriu temporariamente e permitiu que os medicamentos entrassem de forma mais eficaz no cérebro, nomeadamente numa zona chamada hipocampo que é responsável pela memória. Nos ratos que tinham Alzheimer este tratamento permitiu a redução de placas de proteínas tóxicas características da doença, conduzindo a melhorias na memória e aprendizagem espacial dos ratos doentes.
Para além disto, os pesquisadores detetaram que esta abordagem aumentou o número de novos neurónios.
Estes resultados irão abrir portas para o desenvolvimento deste método e como adequa-lo de forma segura para tratamento em humanos.