Na recente conferência Internacional de Doença de Alzheimer, Parkinson e Doenças Neurológicas Associadas realizada em Nice foi divulgado um novo fármaco chamado Aducanumab que teve bons resultados no tratamento de doentes de Alzheimer em fase inicial da doença. No estudo participaram 166 pessoas com diagnóstico de Alzheimer que foram divididos em 5 grupos. Um dos grupos recebeu um placebo e os outros quatro grupos receberam respetivamente 1mg, 3mg, 6mg e 10 mg do Aducanumab em doses de acordo com o peso da pessoa. Os resultados do estudo comprovaram que em 6 meses de tratamento houve uma redução das placas de beta-amilóide (proteína prejudicial para o cérebro). Após um ano de tratamento essa queda da beta-amilóide foi ainda mais acentuada nas pessoas que tomaram 3, 6 e 10 mg do medicamento. Quanto ao grupo medicado com apenas 1mg não apresentou melhorias. Para além dos investigadores analisarem a redução da beta-amilóide também avaliaram os efeitos do medicamento no estado cognitivo dos pacientes e verificaram que após um ano, os pacientes que tomaram o Aducanumab tiveram menos perdas cognitivas comparativamente com o grupo que não recebeu o tratamento.
A farmacêutica responsável pelo desenvolvimento do Aducanumab está a entrar nas fases finais do estudo e está bastante otimista.