Estudos têm demonstrado uma relação entre o sistema imunitário (sistema que protege o organismo de doenças) e a doença de Alzheimer, porém sem revelarem uma causa exata. Recentemente, um estudo publicado na revista “Journal of Neuroscience” veio lançar uma pista acerca da possível causa da doença e possível tratamento. Descobriram em experiências com ratos com Alzheimer que células do sistema imunológico, mais precisamente as microglias comportavam-se de forma anormal, mais precisamente na região do cérebro responsável pela memória. As células estavam a consumir um importante nutriente: a arginina. A arginina é essencial no processo de cura e de resposta imunitária do organismo.
Por esta razão, os investigadores começaram a estudar uma forma de evitar a redução dos níveis de arginina no cérebro. Descobriram que um medicamento já conhecido no tratamento do cancro chamado DMFO (eflornitina) bloqueava esse processo anormal das células imunitárias. Os resultados foram encorajadores pois o tratamento tinha impedindo a formação de placas nocivas características do Alzheimer e tinha interrompido a perda de memória.
Esta descoberta vem lançar novas vias para o tratamento de Alzheimer, pois até agora o papel do sistema imunitário e da arginina na doença de Alzheimer ainda eram desconhecidos.