Cientistas na Califórnia identificaram uma região vulnerável do cérebro chamada “locus coeruleus” como sendo o primeiro lugar a ser afetado pelo início tardio da doença de Alzheimer. É uma pequenina parte no tronco cerebral mas que desempenha uma função importante no desenvolvimento de Alzheimer e que através desta descoberta pode começar a ser uma área crucial para travar o seu avanço.
O locus coeruleus está relacionado com diferentes processos do corpo, como fisiológicos, circulatórios e cardiovasculares mas também na atenção, memória e atividade cognitiva.
É nesta região cerebral que se começa a acumular a proteína tau que quando se acumula em emaranhados é sinal de desenvolvimento de Alzheimer, esta pesquisa descobriu que é neste local que a doença frequentemente se inicia. Os pesquisadores estudaram também a ligação entre o neurotransmissor norepinefrina que o locus coeruleus liberta e a degeneração cerebral, descobriram que o aumento do neurotransmissor pode ajudar a proteger a inflamação e a morte dos neurónios, características da doença. Mas como se pode aumentar a norepinefrina?
O estudo indica um modo muito simples disso acontecer, através de atividade cognitiva. Isto é, quando se estimula a mente através de aprendizagens novas, ler um livro, fazer quebra-cabeças, tocar um instrumento, entre outras, ajuda-se o cérebro a libertar esse neurotransmissor que protege os neurónios.
De facto, vários estudos têm indicado a importância da escolaridade e da atividade mental como um meio para proteger o cérebro de doenças. Agora mais um estudo põe em evidência a importância de exercitar as capacidades, principalmente na fase do envelhecimento, de forma a criar uma reserva cognitiva, para lutar contra o declínio cognitivo associado á idade e como combate a doenças como o Alzheimer.