Foi há uma semana publicado no jornal Jama Neurology um estudo liderado por Yonas Geda, da Mayo Clinic Scottsdale, do Arizona (EUA) com resultados muito animadores para quem quer manter a saúde do cérebro por mais tempo.
Há atividades que cada um pode realizar todos os dias ou com alguma regularidade e, está provado, atrasam o aparecimento da doença mental. São elas o jogar às cartas ou xadrez; navegar na Internet ou usar o computador; fazer artesanato; ir ao cinema ou uma atividade parecida e ler um livro. Quem mantiver o cérebro a trabalhar desta maneira, mesmo que só comece a fazê-lo depois da idade da reforma, consegue diminuir em 20 a 30% a possibilidade de vir a desenvolver demência – comparando com quem não desenvolve qualquer atividade.
O estudo teve por base um trabalho com dois mil idosos com idades entre os 70 e os 90 anos e sem problemas de memória. O que se verificou, ao fim de algum tempo, é que a prática daquelas atividades tinha um efeito protetor do cérebro. Mais, os que tinham predisposição genética associada à doença de Alzheimer e fizeram algumas destas atividades, revelam um declínio mental mais lento. E são opções do dia a dia que não exigem gastos avultados!
Os cientistas esclareceram que não há ligação estatística que possa afirmar serem estas atividades por si só responsáveis pelos bons resultados. No entanto, uma mente ativa é sempre um passo para a manutenção da saúde do cérebro.