O mote foi um estudo norte-americano realizado com dois mil pacientes que veio a comprovar ser o exercício da mente e do corpo essencial para o afastar da doença mental. A isso, o médico neurologista José Valle, em entrevista à RTP, acrescenta ser também importante a envolvência social de cada um: o sentir-se parte da comunidade, o participar em tarefas de envolvimento social coletivo, o sentir-se útil, tudo isso, refere “é tratamento” para o declínio das funções cognitivas que aparece com o avançar da idade.
Mais, acrescenta este clínico, todas atitudes perante a vida aumentam aquilo a que ele designa de “reserva cognitiva”. Isto é, torna o indivíduo mais resistente e menos vulneráveis quando surge o processo de envelhecimento ou alguma doença da mente. É importante que as pessoas deão um carácter de utilidade à sua acção. Isso faz toda a diferença.
Há um outro aspeto muito importante que o neurologista José Valle não quis deixar de referir: mesmo em grupos de pessoas já em processo de declínio cognitivo, se essas pessoas forem expostas a treinos cognitivos com recurso a computadores ou tablets, regista-se uma melhoria das funções cerebrais.
Também nas doenças da mente, o importante é nunca se desistir do ser humano.