Se fizermos as contas por alto, damo-nos conta que passamos cerca de um terço da vida a dormir. Não poderíamos estar a fazer coisas mais interessantes do que ficar tanto tempo deitados? Qual a razão de o sono ser tão central nas nossas vidas?
A resposta é que dormir é essencial para consolidar e arrumar as nossas memórias. Mais, sabe-se que enquanto estamos a dormir, o nosso cérebro está numa azáfama, a renovar-se ao nível das células. O ato de dormir é assim crucial para o bom funcionamento do cérebro, já que faz uma limpeza do lixo que se vai acumulando com os pensamentos do dia-a-dia. São “resíduos” que se amontam junto das células cerebrais e que o sono pode eliminar. O sono é pois uma peça fundamental para mantermos o cérebro saudável.
No caso de não se dormir horas suficientes, o cérebro não repousa, não faz a eliminação dos ditos resíduos e envelhece antes do tempo. Dessa forma estamos a escancarar as portas às doenças do foro mental. O mais grave de tudo é que grande parte da população ativa não dorme as horas suficientes. De acordo com a Fundação Nacional do Sono – entidade norte americana que se dedica ao estudo desta temática, um adulto deve em média dormir 7 a 9 horas por noite. Regra geral, dorme-se menos duas horas do que as recomendadas. Com estas rotinas, mais depressa se manifestam os efeitos secundários: a médio prazo estima-se o aumento de pessoas com doenças mentais como Alzheimer ou Parkinson.
Daí a importância do dormir bem. Pela sua saúde!
In Science 18 October 2013:
Vol. 342 no. 6156 pp. 373-377
http://www.sciencemag.org/content/342/6156/373