Estudo sueco junta-se ao role de pesquisas que apontam as perturbações do sono como fator de risco para o desenvolvimento de doenças do cérebro. Neste novo estudo demonstrou-se que homens que se queixavam de problemas para dormir têm maior probabilidade de desenvolver demência.
Os pesquisadores acompanharam 1574 homens com 50 anos de idade ao longo de 40 anos e constataram existir uma relação entre distúrbios do sono e risco elevado de demência. Os resultados indicam que o grupo de homens que relatavam dormir mal teve um risco de 33% a mais de desenvolver demência em comparação com aqueles que não tinham problemas. E mais, o risco para o desenvolvimento específico da doença de Alzheimer (DA) aumentava para 51%, principalmente em homens acima dos 70 anos.
Segundo os autores, existem diversos caminhos possíveis que podem explicar a associação entre relatos de distúrbios do sono e o risco de desenvolver todas as formas de demência incluindo DA. Um deles está relacionado com o facto de um sono fragmentado interferir no normal metabolismo da glicose levando ao desenvolvimento de stresses oxidativos e em última análise à produção de substâncias que podem danificar neurônios e até mesmo induzir a morte de células. Outra interpretação possível é a de que um sono perturbado pode diminuir a capacidade do cérebro para remover substâncias tóxicas expondo o cérebro a fatores neurodegenerativos, resultando em doenças (processo já descrito num texto deste blog).
Concluindo, estratégias destinadas a melhorar a qualidade do sono poderão ajudar a reduzir o risco de doenças do cérebro em homens seniores.