Um grupo de pesquisa acaba de anunciar que as bactérias presentes no intestino podem acelerar a chegada da doença de Alzheimer.
A investigadora sueca Frida Fak Hallenius, do Centro de Ciência da Alimentação para a Saúde, da Universidade de Lund está otimista quanto a esta descoberta pelo seguinte: a bactéria intestinal influencia a maneira como nos sentimos, já que implica uma interação entre o sistema imunológico, a mucosa intestinal e aquilo que comemos. Ao estudar-se os micro organismos existentes no intestino fica-se a saber mais sobre como fintar a doença de Alzheimer.
Estes resultados foram obtidos depois de experiências feitas com ratos: um grupo com doença de Alzheimer e outro saudável. Os ratos doentes revelavam uma composição diferente de bactérias no intestino, comparativamente com os ratos saudáveis.
Por outro lado, perceberam que quando transferiram as bactérias dos ratos doentes para ratinhos sem bactérias nenhumas, estes desenvolviam muito mais placas beta-amiloides (típicas da doença de Alzheimer) comparativamente com os ratos que recebiam as bactérias intestinais dos saudáveis.
Este é o primeiro estudo que mostra uma relação entre a bactéria do intestino e a doença de Alzheimer, e vem abrir caminho para novas estratégias preventivas e terapêuticas baseadas na modulação da microbiota intestinal através da dieta e novos tipos de probióticos.
Esta pesquisa resulta de um trabalho da professora Frida Fak Hallenius e da doutoranda Nittaya Marungruang, da universidade sueca de Lund, em colaboração com um grupo de pesquisa da École Polytechnique Fédérale de Lausanne, na Suíça. Mais, a equipa vai alargar-se e passar a incluir cientistas alemães e belgas, numa altura em que recebeu um financiamento europeu de 50 milhões de Euros.
Atualmente acredita-se que 7,3 milhões de europeus sofram de demência. Desses, a Alzheimer Europe estima 182 mil sejam portugueses.