Somos aquilo que comemos. Esta frase já é antiga mas o seu sentido continua extremamente pertinente enquanto alerta para a importância que a alimentação tem na nossa saúde. Recentemente a alimentação saudável e rica em determinadas vitaminas tem sido apontada como tendo um papel protetor na saúde do cérebro.
Estudos têm evidenciado que níveis baixos de vitamina B12 estão associados a uma maior probabilidade de desenvolvimento de problemas cognitivos como perda de memória. Está comprovado que a capacidade do nosso organismo absorver vitamina B12 dos alimentos diminui na vida adulta, o que poderá contribuir anos mais tarde para a degeneração cerebral. Uma investigação publicada na revista científica Neurology descobriu que défices de vitamina B12 podem causar problemas cognitivos porque o volume cerebral encolhe. O estudo analisou mais d
e cem indivíduos entre os 61 e os 87 anos, constatou através de exames ao sangue e de imagem ao cérebro que num período de cinco anos os participantes com níveis baixos da vitamina revelaram uma redução da massa cerebral seis vezes superior aos que apresentavam níveis mais elevados dessa vitamina. Os cientistas defendem que a falta de vitamina B12 causa destruição das células cerebrais, pois a mielina que reveste e protege as células nervosas rompe deixando-as expostas. Tudo isto tem implicações na atrofia cerebral e num aumento do risco de Doença de Alzheimer.
A vitamina B12 está presente em alimentos como peixes, ovos, lacticínios, grãos, cereais, alguns tipos de carne de órgãos (fígado, rins, coração) e ainda em
suplementos. A dose diária recomendada é de 2,0 mg para adultos. A ingestão de suplementos como a vitamina B12 tem um papel benéfico para a saúde do cérebro, protegendo-o de doenças neurológicas como a Doença de Alzheimer.