Estudos têm vindo a comprovar os benefícios do jejum e de dietas com restrições calóricas no retardar do envelhecimento e até mesmo no combate às doenças do cérebro, como a doença de Alzheimer. Já se sabia que jejuar ou fazer uma dieta de baixas calorias (ex:alimentos com menos gorduras) mas sem se prescindir de nutrientes promove a autofagia neuronal, que é um processo de limpeza das “células envelhecidas” no cérebro. Este processo é essencial para o bom funcionamento cerebral. Estudos de laboratório com ratos revelaram que o jejum intermitente e restrição de calorias na alimentação dos ratos causavam benefícios cognitivos e comportamentais. Contudo até agora desconhecia-se os mecanismos que estavam envolvidos nesses benefícios. Uma equipa de investigadoras portuguesas descobriu recentemente que a chave explicativa está no Hipotálamo, região do cérebro que tem um papel fundamental no
envelhecimento de todo o corpo, pois é nessa região que é produzida uma molécula chamada neuropeptídeo Y (NPY) que estimula a tal “reciclagem das células”. As autoras verificaram que quando se reduz a ingestão de calorias esse neuropéptideo Y aumenta e faz com que as células regenerem com mais eficiência atrasando o envelhecimento.
Esta descoberta irá permitir que se desenvolvam intervenções com base no NPY em busca de soluções para combater o envelhecimento e a deterioração relacionada com a idade.